O Open do Estoril

Era Sábado e chovia, já devíamos antever esta saga. Mas por isso mesmo, antes de sair de casa certificámo-nos de que se jogava no court central e com a promessa de se ver Davidhenko e Blake a bater umas bolas. Sai de casa, vamos apanhar um bilhete, vamos apanhar outro bilhete e finalmente Jamor. O carro entretanto fica estacionado para lá do sol posto, o que nos obrigou a dar às pernas, às pressas, furibundos contra a merda do gradeamento que nunca mais acabava (e aqui não dá, que é entrada vip, e aqui também não que é entrada dos sponsors, e aqui também não dá que é só para os jogadores, e ali também não, deve ser só para a Tecas e o Badamecas com a credencial). Finalmente lá chegámos à entrada, corre ainda mais um bocadinho que só para gozar conosco o acesso para a nossa bancada é exactamente na direcção também do sol posto, mas desta vez já dentro da porra do gradeamento. Eis, secção J, escadas de acesso. Aguarda um pouco até que nos deixem passar ao intervalo do jogo e lá está.... desatou a chover, a potes, mas muito mesmo. Siga dali para fora, jogo de novo interrompido, foge para o pé das barraquinhas dos sponsors (patrocinadores já não se usa...) e das bifanas e sei lá mais o quê. Ficámos por ali debaixo, recebemos uns brindes (chapéu de palha, bolachas, bolas de ténis para lá de manhoso). Uma cortina de água insistia em cair, começando agora a criar umas poças valentes por toda a área de "estar". Passado uma hora e inquiridos quatro personagens ligadas à organização, vimos que decididamente, obviamente, compreensivelmente, não ia haver mais ténis. A chuva amainou um pouco e lá fomos, resignados de volta para o carro. Voltamos para casa, e ao ligar a televisão, eis que afinal retomaram o jogo!! Devemos ser as únicas pessoas, que fomos ao Open sem ver sequer uma raquete...