
É lindo!
Depois pensamos nisso...
Ontem rumei com a Betadina ao Pavilhão Atlântico para assistir a esse momento único da história da música em que o Grupo Novo Rock e a Guarda Nacional Republicana se encontram em palco. À parte da má acústica daquela sala, já por diversas vezes comprovada, foi muito agradável a viagem a sons que já não ouvíamos há tantos anos e ao completo non-sense das letras do Rui Reininho - "adoro as pulgas dos cães...", um clássico. Um dos momentos altos foi quando entoaram os primeiros acordes do "Dunas" e eu e a Betadina fizémos um esforço para nos lembrarmos de que ano seria esta música, já que nos transportava para a nossa adolescência, em que todos os que pegavam numa viola conseguiam arranhá-la, e em que teríamos dançado mesmo uns slows ao som da voz rouca do Rui Reininho....memória a trabalhar, apenas chegámos à brilhante conclusão de que o "Dunas" teria certamente à volta de uns 15 anos, porque afinal de contas, nós entrámos para a faculdade há já 12 anos (esgar de surpresa de ambas!). Pois é Miss, não há nada como a net, para nos provar como o tempo passa: as dunas, que são como divãs, são de um álbum de 1985, que se chama "Os homens não se querem bonitos". Em 1985, com 6 anos, os meus interesses eram outros; os meus irmãos, esses sim, devem ter dançado ao som do Rui Reininho quando as dunas eram uma novidade. Mas a sensação de perceber que o tempo passa, e como passa, não foi má... gosto de recordações mas de forma geral não me invade aquele sentimento de voltar a ter uma idade que já tive. Gosto de memórias, de fotografias do antigamente, de ter estado lá, de rever, recordar e relembrar ensações e sítios. De algumas poderei ter saudades. Mas o que me faz mesmo falta, e que vai escasseando à medida que os anos passam, é o tempo livre: aquele que nos permitia estar ou não com as pessoas, fazer coisas ou não fazer nada. Olhando para trás, esse foi o grande trunfo da nossa infância e adolescência e até mesmo dos tempos da faculdade e que não tem hoje o mesmo valor. Os tempos livre de hoje, com a internet, as consolas de jogos e as 353 actividades que os miúdos hoje têm, não se comparam aos nossos tempos livres, em que divertíamos à grande ou em que simplesmente não havia nada para fazer. É esse tempo livre que tenho pena que tenha ficado para trás; valha-nos a internet, to keep in touch. 
Sozinha no Ikea : Diz que não é fácil carregar com uma estante de metro e meio e com 33 kg e é verdade.
Tudo corre bem até ao armazém self-service, desliza-se o trambolho e pousa-se em cima do carrinho. Pagar também não custou muito (uma pechincha). Agora... colocar a dita no carro é que foi um caso sério. Além de 33kg não ser assim uma facilidade para uma moça como eu, a embalagem também não é assim sopimpa (plana, é certo, mas comprida como o raio). Depois de quase arrancar o banco da frente e verificar que aquela diagonal também não ia servir, ainda considerei abrir a caixa e levar às postas. Mas entretanto, num último esforço, voltei a empurrar o trambolho para fora do carro, rebater bancos traseiros, desmontar chapeleira, modobord e sei lá mais o quê e finalmente.... fechou por uma nesga! Ainda assim, acho que proporcionei um belo espectáculo a outros visitantes, que esta brincadeira ainda demorou uma meia horita. No fim, desgrenhada, suada e despida até onde respeitavelmente possível, lá fui eu, 2ª circular fora, chovendo copiosamente e rezando para a mala não se abrir num dos muitos buracos e lençóis de água que apanhei pelo caminho. Vantagens de ir num dia como este ao Ikea: nunca vi a loja mais vazia. Cambada de tenrinhos...

Afinal, Abril é mesmo águas mil. Nada de achar que isto do pseudo-inverno acabou! E o trânsito sopimpa que apanhei hoje também gostei muito, tal como o senhor simpático que quase que preferia bater no meu carro a deixar-me passar. Só gente simpática e educada nestes dias. Gosto muito disto.

Afinal a corrida mantém-se pelo menos até 5ª feira! Hoje choveu convite pela manhã já para o jantar de hoje, e claro, não sou pessoa de dizer que não a comida que não tive que cozinhar e loiça que não vou ter de lavar. Amanhã repete-se o já famoso jantar de "Ruining Manezé's Liver", já conhecido de lés a lés. O local vai variando mas o James e o Manezé nunca faltam. Animação garantida. Deixo-vos com esta pérola: " Se não houver rambóia o dia não é jóia!"

Acho que atinji o meu recorde de combinações de jantares consecutivas: 6! Ando nisto desde 5ª feira passada e não é garantido que termine já hoje à noite. Nem quer dizer que a próxima semana seja um marasmo, já que sábado e 3ª feira são já dois valores seguros. Portanto gente, se quiserem ainda me sobram dias e continuam aceitar-se convites, afinal alta competição é mesmo assim.
Amo a hora de Verão, e este calorzinho que veio com ela. Perfeito perfeito era não estar a vê-lo da janela do meu cubículo.