Hoje fui entregar um requerimento de impugnação de multa. Devidamente fundamentado com 8 documentos juntos. Se o Direito a reclamar nos assiste, da mesma forma se deveria passar com o Direito à informação. Não deveria ser necessário chegar à porta da DGV em Entrecampos para ficar a saber que tudo o que diga respeito a contra-ordenações passa a ter atendimento na Rua José Estevão, n.º 137 (salvo erro o número da porta estava incorrecto). Muito menos quando, tendo previamente consultado o site da DGV nada alertava para esse facto. A explicação dada foi simples. (Sim, eu fui questionar!!!) - Ahh, esse assunto saiu nas noticias, deu no telejornal. Não consta do site porque como esse serviço já não faz parte da DGV (embora ainda seja referido no auto), logo o site não tem que referir esse aspecto. Ahhh... Como é que eu não pensei nisso antes.Dahhhh Lógica da batata. Que estupidez a minha! Muito obrigada. E lá fui eu para a Rua José Estevão. E como sei eu onde fica? Porque tinha acabado de sair de lá perto, da rua onde moro.
Nas novas instalações fui atendida prontamente e ainda tive tempo para explicar à Senhora que me atendeu umas coisinhas sobre prazos. A mim não me indeferem liminarmente, ora essa! Sou bem mais durinha de roer. Então agora com banhos de água fria matinais!
A nova viagem no Metro foi bem mais interessante. Na carruagem estavam perto de 15 crianças. Brancas e negras e barulhentas como todas as crianças.
Menina do cabelo entrançado: - Vez aquela menina é branca e também tem piercings!
Menino sem cabelo entrançado para outro menino sem cabelo entrançado: - Os ricos não tem piercings, por isso é que tu não tens!
Menino sem cabelo entrançado para menina do cabelo entraçado: - Os teus irmão têm piercings em todo o lado.
Menino loiro: - Aquilo é furar o nosso sangue! Arghhh
Menina loira: -Professora, dói-me a barrigaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!
Eheheheh
Resumindo, os pobres têm piercings o que mete um bocado de nojo porque faz sangue e causa dor de barriga.
Menina com piercings não pode perceber nada de Direito, nem tirar a Licenciatura em Direito ou terminar o Estágio da Ordem!
Não. Tem que andar todos os dias de fato e com ar de quem tem um pau espetado no r****. Ahhh e com ar infeliz!!!
Eu que hoje até vesti um blazer!?!
Espero que as crianças de amanhã se tornem menos preconceituosas que os adultos de hoje. Que os adultos de amanhã sejam as crianças de hoje que se sintam livres para dizer o que pensam, para vestir o que quiserem, pintar o cabelo da cor que entenderem, fazer piercings e tatuagens sem ter que os esconder quando começam a trabalhar.
Porque somos o que valemos, o que fazemos de nós e não o que fazem de nós! O que querem que nós sejamos! Porque somos livres! Eu sinto-me livre. Eu estou feliz!
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
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2 comentários:
Eu acho isso tudo muito bonito... e eu que não era nada preconceituosa, hoje em dia digo-te... por muito bom que ele fosse eu JAMAIS contrataria um advogado cheio de piercings, com rastas, cabelo comprido despenteado e mal lavada, ar dread ou demasiadamente desportivo...
já não falo de tatuagens porque essas estão necessariamente escondidas de baixo das camisas e dos fatos!
desculpa lá o preconceito... mas cheguei a ele através da minha pp experiência.
Não que eu tenha rastas, piercins ou que me esqueça do banhino... é muito mais simples que isso!
A roupa desportiva, demasiado jovial e demasiado descoberta prejudica-nos! Tira-nos credibilidade.
trabalho é trabalho, e cognac é cognac!!!
Mas sou a favor de que, fora do horário e local de trabalho ninguém tem nada a ver com a min ha vida! E ai daquele que me disser que fica mal a uma advogd sair à noite e beber umas cervejas... Dou-lhe cá um tratamento! Não recomendo mesmo nada!
Pois o que eu acho é que há falta de tolerância e bom senso. Se por um lado, as pessoas devem adaptar-se aos ambientes e situações.Por outro, os restantes devem-lhes respeito. Portugal ainda tem muito que aprender sobre tolerância...basta por um pézinho no resto da Europa para verificar essas pequenas diferenças. A verdade é que ainda se aceita muito mal o multiculturalismo, a diversidade e as liberdades individuais.
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